sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Os benefícios da atividade física na terceira idade



  Dados científicos já relacionam longevidade a exercícios físicos na terceira idade. Já está provado que eles ajudam a chegar a uma idade avançada com saúde e disposição. Viver bem e bastante é um desejo da maioria das pessoas. Uma alimentação adequada, combinada com uma dieta equilibrada e atividades diárias, são fatores facilitadores para uma boa qualidade de vida em qualquer fase. Depois de certa idade o corpo não é mais o mesmo. É natural a perda de massa muscular, flexibilidade, força, equilíbrio e massa óssea, e também o aumento de gordura corporal. O exercício físico contribui para retardar esse envelhecimento, mas deve ser praticado com cuidado. Uma avaliação física precisa ser feita com um profissional que aponte quais as melhores atividades para sua condição individual de saúde, fator de risco, objetivos pessoais e preferências de exercícios. De acordo com o que afirmam os preparadores físicos, o envelhecimento fisiológico não acompanha necessariamente a idade cronológica, pois isto varia de pessoa para pessoa, levando em conta muitos fatores, mas principalmente o estilo de vida de cada um. Há pessoas de 60 anos com um condicionamento físico e qualidade de vida melhor do que algumas de 30 anos. O sedentarismo é sem dúvida, um poderoso inimigo para quem deseja uma vida saudável. Dentre os benefícios obtidos, alguns são: maior resistência corporal, flexibilidade, força muscular, equilibro e melhorias nas realizações das atividades práticas do dia-a-dia. Segundo especialistas, o exercício físico também pode ajudar na manutenção e na melhora da memória, já que pela repetição e dificuldade na realização dos movimentos exigidos, trabalha-se a concentração, a atenção, o raciocínio e o aprendizado motor. Outro aspecto relevante é que o idoso volta a ter um círculo social de amizade. Frequentando academias, fazendo exercícios ao ar livre, ou nos grupos de atividades, mantém contato com outras pessoas que também praticam atividades. Os idosos praticantes de exercícios físicos apresentam menor incidência de infecções respiratórias e urinárias, e se recuperam mais rápido quando acometidos por alguma afecção, o que diminui o uso de medicamentos.
 set de 2012
Fonte:Boas Práticas Saúde Pesquisado por: Juliana Araujo
Esse conteúdo foi copiado do Blog do Portal Voluntários Online: http://blog.voluntariosonline.org.br/os-beneficios-da-atividade-fisica-na-terceira-idade/

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nobel da Medicina diz que memória perdida por Alzheimer pode ser recuperada





20 de março de 2016
Pessoas que sofrem da Doença de Alzheimer podem não ter “perdido” a memória e têm apenas dificuldades em recuperá-la, concluem investigadores conduzidos pelo Nobel da Medicina Susumu Tonegawa, que na quarta-feira revelaram a possibilidade de um tratamento curar os estragos provocados pela demência.
O prêmio Nobel da Medicina Susumu Tonegawa (1987) defende que o estímulo de áreas específicas do cérebro com luz azul permite a ratos de laboratório recuperarem experiências e memórias que pareciam esquecidas.
Os resultados fornecem algumas das primeiras evidências de que a doença de Alzheimer não destrói por completo as memórias específicas, torna-as “apenas inacessíveis”.
“Como seres humanos e ratos camundongos tendem a ter princípios comuns em termos de memória, os nossos resultados sugerem que os pacientes com a doença de Alzheimer, pelo menos nos estádios iniciais, podem preservar a memória. Ou seja há hipóteses de cura”, comentou Susumu Tonegawa à agência de notícias France Presse.
A equipe de Tonegawa usou este tipo de animais geneticamente modificados para mostrar sintomas semelhantes aos dos seres humanos que sofrem de Alzheimer, uma doença degenerativa do cérebro que afeta milhões de adultos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2050 a demência afete 131 milhões de pessoas.
Os animais foram colocados em caixas cuja superfície inferior estava eletrificada, causando uma descarga desagradável, mas não perigosa, sobre os seus membros sempre que os animais tocassem nessa estrutura.
Um rato que não tem Alzheimer desenvolve comportamentos medrosos, evitando a sensação desagradável.
Camundongos com Alzheimer não reagem da mesma forma, indicando que não guardam nenhuma memória da experiência dolorosa.
No entanto, quando os cientistas estimulam áreas específicas do cérebro dos animais – as chamadas “células de engramas” relacionadas com a memória – usando uma luz azul, os ratos acabam por se lembrar da sensação desagradável ou pelo menos desenvolvem comportamentos para evitar os choques elétricos.
O mesmo resultado foi observado também quando os animais eram colocados num recipiente diferente durante o estímulo, o que sugere que a memória se manteve.
Ao analisar a estrutura física do cérebro dos ratos, os investigadores mostraram que os animais afetados com a doença de Alzheimer tinham menos “espinhas dendríticas”, através das quais as conexões sinápticas são formadas.
Com a repetição dos estímulos lumínicos, os animais podem incrementar o número de espinhas dendríticas atingindo o níveis dos ratos saudáveis.
“A memória de ratos foi recuperada através de um sinal natural”, disse Tonegawa, referindo-se ao recipiente que causava o comportamento de medo.
“Isto significa que os sintomas da doença de Alzheimer em camundongos foram curados, pelo menos nos estádios iniciais”, disse.
A investigação, patrocinada pelo Centro RIKEN-MIT para Genética de Circuitos Neurais, é a primeira a mostrar que o problema não é a memória, mas as dificuldades na sua recuperação, explica o centro com sede no Japão.
“É uma boa notícia para os pacientes de Alzheimer”, acrescenta Tonegawa por telefone à AFP, a partir do escritório em Massachusetts. Tonegawa obteve em 1987 o prémio Nobel da Medicina.

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Publicado originalmente em Sapo